Queridos amigos e camaradas,
Em nome do Centro de Estudos da Política Songun do Brasil, eu gostaria de agradecer sinceramente à Associação Coreana de Cientistas Sociais pelo convite para participar deste importante seminário internacional que comemora os 75 anos da fundação da República Popular Democrática da Coreia. No Brasil, estamos trabalhando em múltiplas frentes para difundir as ideias Juche e Songun para o povo de nosso país. São inúmeros artigos na internet, conteúdos virtuais e também eventos presenciais que têm reunido cada vez mais pessoas no Brasil interessadas pela experiência da Revolução Coreana.
O feriado de 9 de setembro é um dia especial para todos os povos livres do mundo. Ele relembra o dia no qual o povo coreano tomou a decisão de trilhar o caminho do socialismo amparado e protegido por um Estado socialista forte, independente e soberano, em contraste com o lamentável Estado fantoche e governado de fora para dentro no Sul na Coreia.
Creio que seja importante levantar alguns pontos históricos relevantes.
Não podemos jamais esquecer que entre 1945 e 1948, 3 anos, portanto, os Estados Unidos e sua administração militar direta no Sul da Coreia inflamou e incentivou todos os tipos de discórdia e hostilidade em relação à experiência revolucionária dos Comitês Populares. A liderança carismática e amplamente popular do camarada Kim Il Sung, bem como o consenso entre os coreanos de que havia sido o Exército Popular, guiado pelo General Kim Il Sung, o único responsável pela expulsão do Japão em 1945 eram coisas que irritavam profundamente os estadunidenses em seu plano de ocupação da Coreia.
Burlando todas as previsões de eleições livres, transgredindo os entendimentos da própria ONU para a restauração de uma Coreia unificada e semeando a discórdia entre os coreanos, os Estados Unidos decidiram unilateralmente fundar um Estado fantoche e instalar Syngman Rhee e sua camarilha no Sul. Essa medida também tinha o efeito de dar uma aparência mais "suave" para a ocupação aberta dos EUA no Sul, dando a ilusão de que os coreanos no Sul tinham um governo para chamar de seu. Sabemos que nada disso era verdade. Não era em 1948 e não é até hoje. A fundação da República da Coreia em 15 de agosto de 1948 é uma decisão única dos Estados Unidos, que desrespeitaram a soberania do povo coreano em decidir seus próprios assuntos. A criação de um Estado no Sul, de natureza títere, constituiu uma séria ameaça ao socialismo e à autonomia do povo coreano, pois representou a formalização da divisão da Coreia e a criação de forças armadas e aparatos estatais completamente hostis e anti-comunistas no Sul. Os Comitês Populares, espalhados por toda a Coreia, reprimidos no Sul e totalmente operantes no Norte, estavam sob ameaça real.
Portanto, a fundação da República Popular Democrática da Coreia em 9 de setembro de 1948 constituiu um ato de soberania e auto-defesa do povo coreano, que resolveu salvaguardar sua experiência revolucionária socialista e criar para si um Estado capaz de defender os interesses genuínos.
A República Popular Democrática da Coreia é definitivamente o único Estado legítimo da Coreia, pois foi fundado por coreanos, governado por coreanos e teve como espinha dorsal os órgãos de Poder Popular criados na época da Guerrilha Anti-Japonesa. Já a República da Coreia foi um Estado fundado sob tutela e observação direta dos EUA, criada com preceitos e organizações importadas dos EUA e que, em grande medida, preservaram os órgãos de repressão da época da ocupação colonial fascista do Japão.
A escolha do camarada Kim Il Sung como primeiro Presidente da República Popular Democrática da Coreia pareceu natural para o povo coreano. Havia sido ele a personalidade a traçar as linhas teóricas e práticas corretas para a libertação nacional e havia sido ele a dedicar décadas de sua vida à luta armada contra os invasores. Syngman Rhee pouco ou nada havia feito pelo seu país, estando distante da Coreia na maior parte do tempo que o povo coreano sofria na brutal lei imposta pelos japoneses. Ele foi um líder afável que obedecia como um cão de guarda as ordens vindas de Washington. Já Kim Il Sung era um líder que vivia entre o povo, era respeitado como figura máxima da Revolução e não obedecia nem se curvava diante de nenhuma ordem ou desejo do exterior, tendo o povo coreano como seu único guia.
A República Popular Democrática da Coreia já no começo da sua existência enfrentou grandes dificuldades impostas pelos inimigos e testemunhou vários milagres. Ao mesmo tempo que os EUA armavam às pressas a guerra que estouraria em 1950, a RPDC tratou de construir para si um exuberante polo industrial moderno e avançado. A RPDC nos seus primeiros momentos de existência já possuía uma economia variada e que diversificava cada vez mais suas capacidades baseada na cooperação com os Estados amigos (União Soviética e também outros jovens Estados Socialistas da Europa Oriental), mas, principalmente, na sua autossuficiência.
Como todos sabemos, em 25 de junho de 1950, com menos de 2 anos de existência, a RPDC enfrentou sua maior provação até então: a Guerra de Libertação da Pátria. A tarefa de realizar uma segunda libertação nacional estava dada e o Estado da RPDC organizou todo o povo para resistir às provocações e incentivos de guerra do inimigo e expulsá-lo das suas terras, encerrando as várias aventuras militares dos EUA e dos fantoches sul-coreanos ao norte do Paralelo 38.
A vitória do povo coreano na Guerra de Libertação da Pátria acabou de completar 70 anos e nestes dias especiais temos de relembrar e pensar na maestria milagrosa do Estado da RPDC em conseguir não só sobreviver a uma guerra apocalíptica como também vencê-la sem desmoronar. O grande objetivo dos imperialistas ianques era esmagar a RPDC e expandir seu domínio neocolonial por toda a Coreia, avançando em sua agressão contra o povo coreano em proporções nunca antes vistas. O objetivo dos imperialistas não foi alcançado, pois o Estado da RPDC em 1953 não só estava de pé e operante como também conseguiu impor um amargo armistício aos EUA, que atingiu o ego e o orgulho dos ianques, que até hoje não suportam terem perdido a guerra na Coreia.
Durante os 3 anos de guerra, o Estado da RPDC atuou de forma incrível ao se manter sustentando de pé baseado no povo. A RPDC conseguiu superar as difíceis condições, os bombardeios inimigos, as destruições, assassinatos em massa, crimes de guerra inúmeros e perdas imensas de pessoas. A RPDC não caiu e nem chegou perto de ser extinta na época da guerra. Suas organizações, departamentos, economia de guerra e aparatos funcionaram em sincronia para garantir a vitória final. O povo e o Exército, unidos como um só corpo, defenderam a RPDC até o fim, pois isto significava defender suas próprias vidas, honra e dignidades.
Após a guerra, a RPDC saiu vitoriosa e mais forte. A reconstrução do Estado e da economia no período pós-guerra estará para sempre escrito em letras douradas nos livros da História do mundo. Inspirando-se na lenda de Chollima, o povo construiu um verdadeiro paraíso socialista de operários, camponeses, soldados e intelectuais na RPDC. Em 1960, apenas 7 anos depois do fim da guerra mais devastadora depois da Segunda Guerra Mundial, a pequena RPDC, bombardeada com mais explosivos do que todo o conflito de 1939-1945 na Europa, estava com a economia totalmente reconstruída e os índices produtivos eram maiores que os de 1950, de antes da guerra. A RPDC se reconstruiu como um Estado socialista moderno e avançado, que deu ao seu povo moradia, trabalho, segurança social, garantias de cidadania ilimitadas e uma vida relativamente próspera e calma.
Do ponto de vista externo, durante décadas, a RPDC se posicionou ativamente como um Estado amigo dos povos oprimidos de todo o mundo, enviando inúmeros auxílios e aportes para movimentos de libertação nacional e de luta anti-racista e anti-capitalista. Hoje, na África, Ásia e América Latina, muitos Estados existem graças à ajuda que a RPDC providenciou. São muitas as ruas, avenidas, praças, fábricas e universidades nestes lugares que levam o nome "Kim Il Sung" para homenagear o líder do Estado que estendeu as mãos nos momentos mais difíceis.
Do ponto de vista das relações com a Coreia do Sul, não podemos jamais ignorar o fato de que a RPDC sempre defendeu o diálogo pacífico inter-coreano baseando-se na ideia de que somente o povo coreano, sem interferência externa, pode resolver seus próprios dilemas. A RPDC sempre estendeu a mão do diálogo e da convivência fraterna com o Sul da Coreia, que, infelizmente, graças aos seus patrões nos EUA, nunca conseguiu estabelecer uma relação sincera e pacífica com o Norte. Obedecendo aos interesses dos estadunidenses, a República da Coreia repetidamente golpeou as reaproximações Norte-Sul e semeou entre seu próprio povo a hostilidade e estranheza ao povo da RPDC. Esse é um dos cenários mais lamentáveis e trágicos do mundo de hoje.
Nos anos 1990, a República Popular Democrática da Coreia mais uma vez teve de enfrentar provações insuportáveis organizadas pelos Estados Unidos e seus aliados. Problemas imensos na economia, causados pelas sanções que sufocaram (e ainda sufocam) o povo coreano trouxeram épocas de dificuldades. Os EUA cercaram militarmente a RPDC e queriam causar uma nova guerra na Península Coreana. Foi nesta época que o Estado da RPDC mais uma vez deu a prova definitiva da sua escolha irrevogável pelo caminho do socialismo e da independência. Sob a liderança do camarada Kim Jong Il e guiados pela Ideologia Songun, o povo coreano construiu para seu Estado um poderosíssimo programa nuclear e missilístico que posicionou a RPDC como um Estado nuclear respeitado e capaz de afastar as nuvens de guerra ao impor ao inimigo a voz ativa da resposta nuclear, desfazendo as ilusões dos imperialistas dos EUA de que poderiam atacar a RPDC sem uma resposta. O Exército Popular, confiável base de sustentação do Estado da RPDC, não só aumentou sua capacidade defensiva como também ajudou na reconstrução da economia ao se aliar à população civil. Baseados na revolucionária e invencível Ideia Juche, a economia da RPDC foi mais uma vez reorganizada em bases autossustentáveis e independentes, driblando as sanções e construindo um parque produtivo diverso e capaz de atender à praticamente todas as necessidades do povo da RPDC.
No mundo de hoje, a República Popular Democrática da Coreia, sob liderança do camarada Kim Jong Un, segue soberana e viva como exemplo máximo do sucesso inquestionável do socialismo. A RPDC é um farol na escuridão que guia os povos do mundo para o caminho da Revolução, do anti-imperialismo, da independência e do socialismo. A RPDC é um Estado a cada dia mais respeitado por seus sofisticados arsenais nuclear e missilístico que impõem diárias derrotas vexatórias aos EUA, que acham a si mesmos donos do mundo e capazes de decidirem o destino dos povos.
A RPDC é um exemplo brilhante de resistência e determinação de aço que nunca se dobra mesmo sob muitas pressões. A RPDC é um Estado soberano, livre e independente que está determinado a fazer o que quiser e a construir internamente um país próspero, moderno e avançado para o seu povo.
Nós, amigos da República Popular Democrática da Coreia pelo mundo, temos a tarefa cada vez mais importante de difundir a verdade sobre o que se passa lá e atacar, com todos os meios possíveis, as mentiras e calúnias das mídias ocidentais que inventam e mentem sobre a RPDC nos seus panfletos de propaganda de guerra aberta ao povo coreano. Nosso dever, como estudantes das Ideias Juche e Songun e fraternos amigos solidários à luta do povo coreano, é ativamente intensificar nossos trabalhos de estudo e propagação da verdade sobre a República Popular e Democrática. Devemos denunciar as criminosas sanções econômicas que sufocam a RPDC e também jogar luz sobre as várias tentativas militares dos EUA de cercarem e desestabilizarem a paz e existência da RPDC.
Nossa solidariedade e carinho ao Estado da RPDC devem ser infinitos e renovados sempre.
Por isso, glorifico com toda a força o 75º aniversário de fundação da imponente República Popular Democrática da Coreia! Glórias às sábias direções dos camaradas Kim Il Sung, Kim Jong Il e Kim Jong Un, que, durante 75 anos, estão construindo a era mais notável e avançada da civilização coreana de 5000 anos de idade!
Viva a República Popular Democrática da Coreia!
Viva o socialismo Juche!
Viva o povo coreano!
Morte ao imperialismo!
Lucas Rubio
Presidente do Centro de Estudos da Política Songun do Brasil